domingo, 9 de agosto de 2009

3 - Elasticidade do espaço (considerações adicionais)

Além do que já foi comentado no artigo de fundo, nos itens 4.11 – Energia escura, 4.12 – O Big-Crunch e 4.13 – Ondas gravitacionais, acrescente-se mais o seguinte, ainda em harmonia com o modelo exposto no texto do citado artigo.

A elasticidade do espaço está evidenciada em diversos fenômenos astronômicos bem divulgados:

a) arrastamento gravitacional do espaço em torno de grandes massas giratórias, como nos braços das galáxias espirais; nas imediações do Sol, causando a precessão da órbita de Mercúrio (a primeira demonstração do melhor desempenho da Relatividade Geral em comparação com a Gravitação de Newton); dinâmica dos discos de acreção; e, cotidianamente, no vórtice da água descendo por um ralo;

b) deslocamento das marés causadas pelas interações gravitacionais entre a Terra e a Lua, mostrando que as distorções espaciais entre os dois corpos se modificam local e tempestivamente com a mudança de suas posições relativas e que a curvatura do espaço se recompõe, não deixando alterações permanentes, mesmo residuais;

c) sincronismo dos movimentos da Lua, de rotação em torno de seu eixo e de translação em torno da Terra, fazendo com que o satélite tenha uma mesma face sempre voltada para o planeta;

d) propagação ondulatória da luz e, possivelmente, a propagação das ondas gravitacionais, também na forma de ondas.

Esse último item citado gera uma estimulante conjetura: se a velocidade da luz no vácuo, c, depende de duas características eletromagnéticas do espaço, a constante dielétrica ou permissividade elétrica (ε0), e a permeabilidade magnética (µ0), segundo a Teoria Eletromagnética de Maxwell, pela qual c^2=(ε0µ0)^(-1), e se a velocidade de propagação das ondas gravitacionais é idêntica à da luz, os campos eletromagnéticos e gravitacionais não teriam naturezas semelhantes, além das coincidências de forma entre as suas expressões matemáticas clássicas?
(n0ta: ^ representa "elevado à potência")

Nesse caso, como interpretar ε0 e µ0 à luz da Teoria da Relatividade Geral?

Alguém já terá pensado em medir o possível arrasto do campo elétrico causado por um corpo metálico carregado, giratório, num corpo de prova com carga elétrica em suas imediações?

Idem, com relação ao arrasto gravitacional entre uma esfera de massa considerável, rotativa, em relação a uma pequena massa suspensa em suas proximidades?

Será perceptível algo do gênero entre Marte e seus satélites Deimos e Fobos?

Sob a ótica da mecânica quântica, haverá alguma relação de arrasto entre o spin do núcleo do átomo e os elétrons da primeira camada?

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